RENATO ROCHA RIBEIRO é um artista visual contemporâneo cujas obras transbordam simbolismo e expressão. Em cada traço, revela-se a busca por identidade, os caminhos da transformação interior e a delicada tessitura de emoções profundas. Seu trabalho convida o olhar a mergulhar em camadas silenciosas da existência, onde o íntimo se torna imagem e o invisível, forma.
Renato Rocha Ribeiro nasceu em 17 de maio de 1986, na cidade de Esperança, Estado da Paraíba, sendo o quarto de cinco irmãos, filhos de Inês Rocha Ribeiro e Aluísio Matias Ribeiro.
Durante a infância, residiu na Rua Dina da Conceição, em Esperança, onde iniciou sua trajetória escolar na Escola Irineu Jóffily. Nesse período, teve os primeiros contatos com a história da arte e com artistas cujas obras exerceram influência significativa no desenvolvimento de sua vocação artística.
Aos nove anos de idade, começou a desenhar de forma autodidata, produzindo esboços para colegas de escola e familiares. Desde então, mantém uma dedicação contínua às artes visuais, consolidando sua identidade artística ao longo dos anos.
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| Renato Rocha, junho2001. |
No estudo sobre a história da arte, determinadas épocas e artistas influenciaram sua trajetória artística, a exemplo da arte rupestre de Lascaux, de Leonardo da Vinci no Renascimento e de Vincent Van Gogh no século XIX
Essa influência o levou a explorar temas relacionados à natureza, à cultura local e à vida cotidiana, criando uma ponte entre a arte rupestre e a arte contemporânea.
O nome artístico "Renato Rocha "a uma expressão artistica carregada de simbolismo, onde "Renato" representa o renascimento, e "Rocha" faz alusão à rocha na Gruta de Lascaux, na França, utilizada pelos artistas rupestres na pré-história. Essa escolha revela o compromisso do artista com uma arte enraizada na ancestralidade, mas voltada para o presente.
Aos 12 anos chamou a atenção da escritora e poetisa campinense Aparecida Pinto que projetou Renato Rocha no cenário artístico do Estado e bastante emocionada declarou: “Compreender que a beleza de sua arte sempre o tornará imortal enquanto ilimitados forem seus esforços”.
"Renato Rocha foi o precursor ao realizar a primeira exposição de artes visuais na cidade de Esperança, que, de forma itinerante, percorreu mais duas cidades, incluindo Campina Grande e João Pessoa, no ano de 2001."
Portfólio Artístico Poético:
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| Lagedão Sobre o Céu Pontilhado |
Sob céus pontilhados de tinta,
Onde a nuvem se faz trama,
Ergue-se a casa, alma extinta,
Que o tempo não reclama.
Estrada de chão batido,
Memórias que o vento leva,
Um passado esquecido,
No breu que se eleva.
Cerca de arame farpado,
Guarda segredos sem fim,
Nesse horizonte calado,
Onde a esperança faz sim.
Título: Lagedão Sobre o Céu Pontilhado
Técnica: Tinta Nanquin sobre Canson A4
Autor: Renato Rocha.
Data:30/04/24
Coleção do artista!
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| Guardião das Águas Silenciosas |
Nas margens do espelho da terra é no silêncio do pântano calado,
dois gigantes de sombra bebem o tempo.
Seus olhos carregam a memória da lama,
seus chifres curvam histórias no vento.
Um baixa a fronte em reverência à água,
como quem reza com sede de raiz.
Outro encara o mundo com a boca molhada,
pingando verdades que o barro diz.
Na superfície quieta, um reflexo murmura:
há força na calma, há paz na estrutura.
E a natureza, em traços de alma e carvão,
guarda nos búfalos sua contemplação.
Título: Guardião das Águas Silenciosas
Técnica: Nanquim sobre cartolina Canson
Dimensões: 50x55cm
Estilo:Hiper-realismo
Autor: Renato Rocha
Data: Junho/2020.
Coleção do artista!
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| O Tempo Entre As Águas |
Evoca um acordo ancestral entre os seres e a terra, a união silenciosa entre as zebras e a natureza à beira calma do espelho,
curvam-se em nobre união,
zebras traçadas em listras,
ritmo, sombra, perfeição.
Não há pressa, não há luta,
há silêncio e simetria,
cada traço é um respiro,
cada forma, poesia.
Preto e branco se entrelaçam
como versos num refrão,
onde o corpo vira pauta
e a paisagem, composição.
Na água, o reflexo canta
o mistério da existência,
e o instante vira eterno
na mais pura reverência.
É mais que sede saciada,
é a arte em contemplação:
a savana se transforma
num altar de criação.
Titulo: O Tempo Entre As Águas
Técnica: Tinta Nanquim sobre cartolina Canson
Dimensões: 1.0mt x 70cm
Autor: Renato Rocha
Data: Fevereiro/2024
Coleção do artista!
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| Caminho de Terra e Esperança |
No chão rachado do sertão calado,
uma mulher caminha, passo marcado.
Leva na cabeça o peso do dia,
um balde d’água, uma vida vazia.
O sol se despe por trás do cerrado,
e a sombra dança no chão castigado.
Um cão a observa, fiel sentinela,
na estrada que leva à casa singela.
Lá no alpendre, a poeira repousa,
nos galhos secos, o tempo pousa.
Um carro de boi, memória esquecida,
fala de lutas, da rude vida.
Mas no silêncio há também poesia,
no gesto simples, na travessia.
Ela é a força, raiz, resistência,
mulher da terra, alma em essência.
O céu em pontos de luz fragmentado,
guarda segredos de um povo marcado.
E mesmo em meio à seca e dor,
brota no árido solo, amor.
Título: Caminho de Terra e Esperança
Tecnica: Caneta Nanquin sobre papel Canson A4-180g
Estilo: Realismo social
Autor: Renato Rocha
Data: junho/2020
Coleção do artista!
Entre sombras e cubos suspensos,
o artista repousa no limiar do ser não inteiro, não ausente,
mas fragmentado entre o real e o sonho.
Seus olhos caem como chuva serena
sobre o próprio gesto interrompido.
As mãos, desfeitas em traços e dúvida,
acariciam o vazio onde antes havia cor.
Uma paleta flutua sem cor,
um pincel se ergue como lança,
e folhas ou seriam pensamentos? se despedaçam no ar, sem destino.
A paisagem ao fundo é lembrança de um lar,
longe, quieto, sob o olhar do farol.
Mas os pés, firmes em tênis modernos,
tocam um chão líquido, quase sonho.
Ele pinta com o corpo,
mas é o mundo que se desmancha ao seu toque.
Cada cubo suspenso é uma ideia não dita,
cada dobra, uma dor contida.
Neste quadro onde o tempo repousa,
não há começo nem fim
só o instante eterno
em que a arte hesita…
e o silêncio cria.
Título: Fragmentos de um Silêncio Criador
Tecnica: Tinta Nanquim sobre cartolina Canson.
Dimensões: 55x70cm
Estilo: Surrealismo Conceitual
Autor: Renato Rocha
Data: 02/2021.
Coleção do artista!
A Terra e a Fera
No tabuleiro de sonhos e mitos,
lento e sutil, o tempo se dissolve.
Um artista, no silêncio, espera
com olhar amoroso por ela:
a menina, pequena capela.
Da janela aberta na alma,
surge um vento cortante e frio,
como quem revelasse um caminho,
um lageiro bordado por rio.
No Banabuye, que é morto e vivo,
há um povo que o sonho habita.
Entre lírios, pedras e lendas,
a alma do tempo — quase que bendita.
Borborema, solitária vigia;
na matriz, a memória nos guia.
E o pincel, contornando o que grita,
desenhando o encontro, da sombra e da tinta.
Na sombra da noite, um uivo se ouvia:
um lobisomem, filho da agonia,
vagueia entre sombra e loucura —
meio fera, meio homem, meio lua —
ecoando uma poesia nua.
Na metamorfose, onde tudo rumina,
e na arte que nasce do caos,
uma eterna prisão forma a tela.
Sendo livre e Prisioneira, és bela:
eis aqui — "A Terra e a Fera".
Título: A Terra e a Fera
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões: 75 x 115 cm
Estilo: Surrealismo contemporâneo
Autor: Renato Rocha, junho/2010.
Acervo: Adriano Homero.
Inspirada no cordel “De como o lobisomem demonstrou seu amor”, do também artista e poeta esperancense Evaldo Brasil, esta obra une palavras e imagens para recriar o mito sob uma narrativa, onde a fera ama, a sombra ganha voz e a arte revela o que o tempo não apaga.
uma semente sonha em ser luz.
Das mãos do mistério, um sopro —
vida em espiral, alma em fluxo.
A Terra flutua entre a lua e marte,
enquanto aves cortam o silêncio das estrelas.
Ela, mulher-borboleta, nua de certezas,
repousa no limiar entre o céu e o abismo.
Um embrião escuta o chamado do infinito,
espermas dançam como cometas em busca de um destino.
Árvores germinam tempo e desejo,
em raízes que tocam o antes e o depois.
Nesta tapeçaria de criação e sombra,
a existência pulsa em cor, carne e sonho —
um poema vivo, suspenso entre o divino e o real.
Título: Conceção
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões: 60x76cm
Estilo: Surrealismo contemporâneo
Autor: Renato Rocha
Data: Maio/2007
Coleção do artista!
No silêncio da mesa, a luz reluzente
Aquece rostos, almas, num instante marcante.
Cristo, ao centro, fala, e seus olhos profundos
Refletem o amor que transcende mundos.
O pão partido, o vinho derramado,
Símbolos de um pacto, de um destino selado.
Entre olhares fiéis e a sombra de um traidor,
Revela-se a essência de um divino amor.
Cada apóstolo, em seu gesto, em seu olhar,
Recebe a mensagem que irá ecoar.
A noite se adensa, mas a chama não se apaga,
Pois a fé e a esperança acendem cada chaga.
E assim, nessa ceia, num singelo salão,
Nasce a promessa de eterna comunhão.
Um legado de vida, em cada coração,
Que a história repete, em pura devoção.
Título: A Última Partilha de Amor e Mistério
Técnica: Óleo sobre tela
Dimensões: 1.20m x 85cm
Estilo: Realismo Contemporâneo
Autor: Renato Rocha
Data: Abril/2024
Coleção do artista!
Do azul profundo, onde o sol se beija,
Surge em nuvens, a prece que acende.
Coroada estrela, manto que proteja,
Nossa Mãe Aparecida, que descende.
No olhar sereno, a fé que nos guia,
Nas mãos unidas, um rosário de luz.
Por sob seu manto, a alma que irradia,
Um anjo pequeno, a dor que conduz.
Com o verde e o ouro, um hino que clama,
O Brasil em seu manto, um brado de amor.
Senhora da fé, que o coração inflama,
Protetora bendita, do povo e da dor.
Aparecida, em prece silenciosa,
"Abraça o Brasil".
Título: Senhora das Águas e do Céu Brasileiro
Técnica: Óleo Sobre Tela
Dimensões: 30x40cm
Estilo: Arte sacra
Autor: Renato Rocha
Data: Março/2025
Coleção do artista!
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Jesus no Jardim do Getsêmani |
“E nós todos, com o rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor...”
— 2 Coríntios 3:18
Título: Jesus no Jardim do Getsêmani
Técnica: óleo sobre tela
Dimensões: 60 x 80 cm
Estilo: sacra
Por: Renato Rocha
Data: Maio/2025
Exposições e Eventos –
Primeira exposição individual e itinerante na cidade de Esperança - PB."
Intitulada: "IMAGENS"
Período: 30 de novembro de 2001 a 25 de janeiro de 2002
Modalidade: Itinerante
Abertura Centro Cultural e Biblioteca Municipal Dr. Silvino Olavo – Esperança/PB
30 de novembro a 7 de dezembro de 2001
Caixa Econômica Federal – Esperança/PB
17 a 24 de dezembro de 2001
Teatro Severino Cabral – Campina Grande/PB
24 a 27 de dezembro de 2001
Shopping Iguatemi – Campina Grande/PB
14 a 18 de janeiro de 2002
Caixa Econômica Federal – Campina Grande/PB
21 a 25 de janeiro de 2002
(Encerramento da exposição "IMAGENS")
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Participações especiais -
Documentário Boneca Esperança - Parceiros do Brasil
Sebrae - TvZERO - Rede Globo - 2002
Feira do Empreendedor – SEBRAE
Shopping Sebrae – João Pessoa/PB
9 a 12 de outubro de 2003
1º EMARPE – Encontro Municipal de Arte Popular de Esperança
Auditório do Clube Caobe – Esperança/PB
19 a 22 de agosto de 2010
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Registro Histórico -
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Registra-se com grande satisfação um marco histórico para o cenário artístico e cultural da cidade de Esperança e de toda a região do Brejo paraibano.
Trata-se da realização da primeira exposição de artes visuais no município, protagonizada por um jovem artista de apenas 15 anos. A mostra não apenas simboliza o início promissor de uma trajetória artística, como também se destaca pelo seu caráter inovador e democratizador.
Apresentada de forma itinerante, a exposição percorre diferentes espaços públicos, incluindo o Centro Cultural Silvino Olavo, o Shopping Iguatemi, a Caixa Economica Federal e o Teatro Municipal de Campina Grande. Essa iniciativa amplia significativamente o acesso à arte, possibilitando que públicos diversos tenham contato com a arte.
A ação representa não apenas o surgimento de um novo talento, mas também a inauguração de um novo tempo para a cultura e as artes em Esperança. Abre-se, assim, um caminho para que outros artistas possam se expressar, fortalecer suas identidades e contribuir para o desenvolvimento cultural do município.
Ao levar o nome de Esperança e a riqueza da arte aqui produzida para além de suas fronteiras, a exposição reafirma o compromisso coletivo com o fomento à cultura e à valorização dos talentos regionais.
Mais do que revelar um novo talento, esta exposição funda um marco: ergue uma ponte entre o hoje e o que ainda virá.
“Compreender que a beleza de sua arte sempre o tornará imortal enquanto ilimitados forem seus esforços”.
— Aparecida Pinto, Escritora.
Fontes:
- A UNIÃO, Jornal. Governo do Estado da Paraíba. Edição de 05 de dezembro. João Pessoa/PB: 2001.
- Aparecida Pinto. Carta em declamação. Esperança, Exposição_30/11/2001.
Contato:
E-mail - renatorocha767@gmail.com
Instagram - https://www.instagram.com/renato_rocha_ribeiro
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